Uma reflexão profunda mas irreverente sobre o seu papel na nossa vida nos planos micro e macro, sobre a democracia, segundo Winston Churchill “o pior regime com exceção de todos os outros” e a forma com que se dá no nosso país. Uma análise dos sistemas eleitorais e dos problemas específicos do nosso. Discussão sobre a reforma política e sobre as chances de fazê-la mais participativa e menos corrupta.

A maioria da população do planeta já vive em cidades e no Brasil mais de 85%. Precisamos encontrar maneiras ecológicas de viver nas cidades. A relação entre ambiente natural e construído. O urbanismo na era das mudanças climáticas e dos riscos exponenciais. A questão da mobilidade, da poluição do ar e das águas, a gestão do lixo, os espaços verdes, os formatos possíveis das cidades. A cidade como ecossistema complexo, locus da realização de sonhos e padecimento de pesadelos. As megalópoles vieram para ficar. Como vamos lidar com elas.

A insegurança e o medo se alastram. A violência piorou consideravelmente no Brasil nos últimos anos. Grandes cidades como o Rio de Janeiro e São Paulo tem uma situação específica com algum progresso mas grandes riscos de retrocesso. As polícias, a justiça, as prisões, tudo isso funciona muito mal. Os paradigmas tradicionais tanto da esquerda quanto da direita fracassaram. Uma discussão ousada dessas questões incluindo o dificílimo problema das drogas. Sirkis é linha dura no combate à criminalidade violenta mas tem uma visão audaciosa da questão das drogas, discute sua legalização como forma de destruir a logística do crime e conter o morticínio que a disputa do seu mercado engendra.

As advertências dos cientistas são cada vez mais claras e precisas. O negacionismo climático equivale ao do holocausto, ao da indústria do tabaco negando, nos anos 60, negando a relação do cigarro com câncer ou da negação, nos anos 90 da relação entre HIV e AIDS. A atual negociação internacional no marco da ONU é importante mas não vai ser suficiente. Para manter o aquecimento médio do planeta abaixo de 2 graus, esse século e a concentração de gases efeito estufa na atmosfera abaixo de 450 ppm vamos precisar ir além do que seria possível num consenso de 193 governos que participam da negociação da UNFCCC. Vamos precisar construir uma nova ordem econômica e financeira. Vamos precisar de uma Bretton Woods do baixo carbono que envolve uma “moeda do clima”.

Do “pai das cicloviais cariocas” os dez mandamentos para a implantação de uma malha cicloviária que funcione, caia no gosto da população, seja usada com carinho e não vire um “mico”. A bicicleta entendida como um instrumento integrado de mobilidade urbana. Discutindo a experiência de diversas cidades que foram bem sucedidas e de outras que fracassaram.