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Reflexões quanto ao futuro das Famílias Empresárias no Mundo


por: Manoel Knopfholz

Apesar de suas especificidades – especialmente, a confusão entre os “Negócios de Família” e os “Negócios da Família” – as Famílias Empresárias ocupam um importante espaço em economias emergentes e industrializadas. No entanto, por serem avessas a sócios e a executivos externos, a sobrevivência delas será ainda mais difícil, em razão do mercado global e da abertura de novos mercados.


Esta é uma máxima que vem sendo decantada por muitos.


Em contrapartida, recentes estudos da McKinsey Consultoria atestam que os países que mais se destacaram na “Fortune Global 500” (classificação das 500 maiores corporações em todo o mundo), desde 2005, são Brasil, China, Rússia, Coreia do Sul e Taiwan.


O levantamento aponta que, entre as corporações a obterem lucros acima de US$ 1 bilhão – de acordo com projeções para 2025 –, 37% têm origem familiar. Em 2010, as organizações familiares representavam 16% entre as 500 mais lucrativas. Comparando-se o período, o incremento na participação desses negócios gira em torno de 131%.


Algumas reflexões dignas desse aparente paradoxo, levam, uma vez mais, a reforçar a recomendação de que o núcleo familiar estabeleça mecanismos de Governança distintas para assuntos familiares, patrimoniais e empresariais.


Walmart, Samsung, BMW, entre tantas outras, são empresas/famílias que convivem de forma harmônica e compatibilizada com resultados e incrementos patrimoniais e a preservação da dinastia familiar.


Sejam tradicionais, híbridas ou de influência familiar, as perspectivas de longo prazo são animadoras. É o que avaliam pesquisadores como Holger Mueler e Thomas Philipon, da New York University Stern Business School. Os estudos deles revelaram índices de produtividade animadores quando, o quadro de colaboradores percebe a distinção que a família faz entre empresa, patrimônio e gestão empresarial, ainda que o quadro diretivo seja integrado por executivos não familiares.


Também contribui para a perpetuidade dessas empresas, a percepção –  por parte de funcionários, de fornecedores e do mercado -, de outras ações como o treinamento das próximas gerações, a criação e a efetivação de ações e fóruns profissionalizantes, e de planos de negócio e expansão que sejam transparentes e responsáveis.


Desse modo, quando se constata a possibilidade de uma família, detentora de empresa e patrimônio navegar, ainda que com alguma turbulência no mar da globalização rumo a um mercado sem limites, entende-se porque Michael Corleone, personagem da famosa trilogia “Poderoso Chefão”, afirma: “Não é nada pessoal…são só negócios…”

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