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Não quero mais trocar de canal


por: Patricia Pantaleão

 


 


Acordo e penso: Uhu! Mais um episódio que eu não quero perder!


Ontem estava em casa com o meu marido e resolvi sentar para assistir à TV. Mudei de canal algumas vezes e comecei a ficar brava por não encontrar nada que me interessasse. 


Desliguei e fui até o som ouvir uma música bem gostosa para relaxar. Cada estilo musical me inspirava lugares e sensações diferentes, até que começou a tocar Jack Johnson e decidi que aquela seria a trilha ideal para o meu momento. 


Trilha! Hum... interessante. Neste momento, comecei a imaginar que estava em um filme e que, ao mesmo tempo, estava sendo observada por uma espectadora muito exigente: eu mesma. Comecei a me divertir sozinha e a decidir o que tornaria este filme, ou melhor, esta série... tão boa ao ponto de eu querer vê-la todos os dias e, detalhe, sem perder nenhum episódio!


Tudo se tornou mais intenso a partir daquele momento. Descobri que sou diretora, protagonista e espectadora desta incrível história chamada ”MINHA VIDA”. Esta nova lente, a do olhar criativo, permite que eu redescubra o meu dia-a-dia e cumpra as tarefas de maneira muito mais leve e prazerosa. Lavar a louça, sentar para trabalhar, fazer supermercado, ir ao banco, pegar trânsito ganharam um novo significado. Encontro com as pessoas e vou criando personagens muito interessantes na minha cabeça. Diversão na certa!


Não me incomodo mais tanto com a vizinha que não olha na minha cara, com aqueles que me magoam, afinal, os melhores filmes não são felizes e cheios de personagens bonzinhos o tempo todo. Um bom filme possui crise, vilão ou vilões, dúvidas, buscas, mudanças, emoções fortes, cenas tristes, cenas alegres, amor, sexo, rotina e por aí vai.


Quando a história vai para um caminho que eu não gosto, crio novas possibilidades, mudo o roteiro, enfim, não sossego até ficar gostosa e interessante como tem que ser. Quero que a minha série inspire outras pessoas e a mim mesma. Sim! A protagonista (eu) enfrenta as dificuldades de maneira criativa e se diverte com a vida que tem. Minha rua parece a vila do Chaves. O que antes me incomodava, hoje, de certa maneira, me diverte, pois aceito as características peculiares dos meus companheiros de cena e vejo que, sem tudo isso, a minha incrível série não teria graça e eu já teria trocado de canal. 


Falando em trocar de canal, como anda a série chamada “SUA VIDA”? 


 

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